Saúde mental- reforma
A Reforma Psiquiátrica Brasileira, seus antecedentes, princípios e diretrizes.
23/04/2013
Exercícios
1 – Identifique os norteadores do trabalho em saúde mental que podem ser extraídos do texto. Faça um registro.
No texto “Um Apelo à Clínica: Nem o respaldo da norma, nem o extravio da dor”, do Caderno Saúde Mental escrito por Benilto Bezerra Jr[i], o autor traz uma discussão sobre o ponto em que se encontra esta clínica vigente no campo antimanicomial, e elucida um olhar diferente do que realmente estamos acostumados a exercer nesta prática.
O cenário brasileiro da Reforma Psiquiátrica é um pouco diferente dos outros países, aqui podemos contar com uma grande diversidade teórica, além, de um tema em constante discussão nos vários espaços universitários brasileiro, uma discussão que, como o autor nos descreve, às vezes parece mais um monólogo cruzado. “Como pensar uma clínica capaz de responder aos desafios impostos pelo horizonte da Reforma Psiquiátrica?”
Bezerra nos traz uma concepção holística, uma concepção que pude entender melhor a partir deste texto. O que temos hoje? Uma clínica que reduz a saúde mental a mais uma doença a ser curada, a doença do cérebro, ele vai dizer de uma “cultura do sujeito cerebral”, onde o cérebro responde cada vez mais pela identidade e pelos conflitos vividos pelo individuo, a mente foi reduzida a redes e circuitos, mas podemos ampliar esta afirmativa, a saúde mental foi reduzida a redes, circuitos e o mais importante, a transtornos, tratamos esta “doença mental” como mais uma falha a ser corrigida. O que é da ordem do singular se tornou universal.
Nosso olhar se fixa apenas no sintoma, neste mal estar a ser retirado e curado, nos esquecemos então, de escutar deste indivíduo sua história, seus conflitos, sua relação com a sociedade e com o Outro. O que este autor nos propõe? Que comecemos a mudar nosso olhar, nossa escuta. O mesmo