Saúde Mental Franca
Em julho de 1999, Franca passa por um processo de transformação da saúde mental, com a nova mudança de partido político. O PT assume a Prefeitura Municipal de Franca, e o prefeito visita o Ambulatório de saúde mental e se dispõe a incrementar a política de saúde mental. Nessa ocasião os usuários freqüentadores do ambulatório eram crianças, adultos e com diagnóstico de neurose, psicose e dependentes químicos. A demanda era crescente, com filas de espera de dois anos, sendo que o número de prontuários chegava a oito mil. A equipe de profissionais era composta de psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais e um terapeuta ocupacional. Nessa ocasião criou-se emergência psiquiátrica na Santa Casa de Franca, conduzida por três psiquiatras. Acontecia nesse período, no Brasil a mudança de paradigma, visando a implantação de NAPS e o fechamento dos grandes hospitais psiquiátricos. Em Franca, houve uma intervenção do Estado no Hospital Psiquiátrico Allan Kardec, com a redução drástica dos leitos. Em função disso, muitos internos do hospital vieram a falecer, na medida em que foram deslocados para suas cidades de origem. Esses tinham um bom vínculo com o hospital, residiam nele por muitos anos e já o consideravam como suas casas. Desse modo, a coordenadora da saúde mental, participou da intervenção, o que gerou um desconforto na relação entre o hospital Allan Kardec e a equipe de saúde mental. Inúmeras vezes quando o paciente do ambulatório apresentava surto, requerendo internação no hospital psiquiátrico,encontravamos dificuldade para interná-los. A população de Franca desconhecia o trabalho desenvolvido pela equipe e por isso decidiu-se em reunião que haveria um convite para os representantes das instituições, como conselho tutelar, A.C.F., polícias civil e militar, ministério público a fim de divulgar os trabalhos realizados no ambulatório e solicitar parcerias. Esse encontro ocorreu a noite no ambulatório e a partir daí,decidiu-se por um