Psicologia e saúde publica
O papel do psicólogo na atenção básica à saúde
De acordo com a contribuição do Conselho Federal de Psicologia (CFP) ao Ministério do Trabalho, enviada em 17 de outubro de 1992 com a finalidade de integrar o catálogo brasileiro de ocupações, a função de psicólogo
"procede ao estudo e análise dos processos intrapessoais e das relações interpessoais, possibilitando a compreensão do comportamento humano individual e de grupo, no âmbito das instituições de várias naturezas, onde quer que se dêem essas relações. Aplica conhecimento teórico e técnico da Psicologia, com o objetivo de identificar e intervir nos fatores determinantes das ações e dos sujeitos, em sua história pessoal, familiar e social, vinculando-as também a condições políticas, históricas e culturais" (Conselho Federal de Psicologia, 2005, p. 01).
É importante, ainda, considerar que, para o CFP, a atuação do psicólogo contempla diversas áreas (educação, saúde, segurança, justiça, lazer, trabalho, comunidades e comunicação), visando a promover o respeito à dignidade e à integridade do ser humano.
Tendo em vista a especificidade do trabalho do psicólogo, é notório que as atribuições do referido profissional tornam imprescindível a presença deste num contexto de atenção básica como o que é proposto no PSF.
Segundo os estudos de França (2006), apud Souza e Carvalho (2003) para a Organização Mundial de Saúde, a qualidade de vida apresenta uma natureza multifatorial, enfocando cinco dimensões: a psicológica, a física, as relações sociais, o meio ambiente e o nível de independência, que, nesse caso, corresponde aos aspectos de morbidade, dependência de cuidados médicos e de medicações, capacidade laboral e atividades diárias.
De acordo com França (2006), apud Bleger (1984), para se vislumbrar melhor nível de saúde na população, faz-se necessário promover maior equilíbrio no âmbito da saúde individual bem como no da comunidade total, redirecionando