SAUDE
O cuidado com a saúde consiste numa relação estabelecida entre pessoas tendo em vista o alcance da melhoria do estado de saúde e da qualidade de vida, impingindo os resultados do processo relacional em todos os entes envolvidos. Assim, as práticas profissionais de cuidado não podem se restringir à ação técnica, mas devem ser expressas de forma atitudinal e relacional, devendo ser assumidas como questão complexa e multifacetada a partir de aportes teóricos interdisciplinares.
O cuidado em saúde é compreendido como um ato singular que objetiva o bem-estar dos seres envolvidos sendo imprescindível que o ser cuidado e o ser cuidador se encontrem em interação qualitativamente produtiva. Alguns componentes das relações interpessoais devem ser compreendidos e desenvolvidos por subsidiarem o cuidado em saúde.
Os profissionais de saúde utilizam, frequentemente, as relações interpessoais como instrumento de trabalho e são particularmente exigidos a desenvolver habilidades sociais para subsidiar esses processos de interação. As habilidades sociais podem ser definidas como o conjunto de capacidades comportamentais aprendidas e apresentadas pelo indivíduo diante das demandas de uma situação interpessoal, incluindo as capacidades de comunicação, resolução de problemas, cooperação, empatia e assertividade.
Nessa perspectiva, compreende-se que, para desenvolver-se integralmente, o ser humano necessita do meio social, sendo fundamental para essa inserção o desenvolvimento das habilidades que permitem o estabelecimento de relações interpessoais satisfatórias e efetivas. Para a determinação das habilidades sociais, faz-se relevante considerar os aspectos: não verbais, como postura, expressão facial, contato visual, gestualidade e distância/proximidade; cognitivo-afetivos, que implicam em autoeficácia e leitura do ambiente; fisiológicos, como a respiração e os batimentos cardíacos; e a aparência pessoal e atratividade física. Dificuldades na aquisição e expressão das