Saude
debate das questões socioambientais, uma vez que são compostas por
processos complexos e que possuem impactos de grande magnitude. Elas
possuem como forças propulsoras subjacentes os processos socioeconômicos
e culturais, pois estes geram uma alta demanda sobre o meio ambiente em
geral. Esses processos envolvem alguns fatores, como: a grande demanda de
consumo por bens materiais, as inovações tecnológicas, crescimento
populacional, entre outras. Esses fatores tem contribuído para depressão de
recursos naturais, destruição de habitats, eco-simplificação e despejo de
resíduos em escala sem precedentes.
As forças propulsoras das mudanças ambientais globais e suas
implicações para saúde são apresentadas a partir de um fluxograma
determinante. Esse modelo conceitual se inicia com as denominas “fontes
imediatas ou materiais”, que se expressam através da pressão antrópica, e que
levam, subsequentemente, ao estado ambiental – de degradação, à geração e
exposição aos fatores de perigo e, por último, aos agravos à saúde. O objetivo
do artigo estudado é apresentar as formas pelas quais as mudanças
ambientais globais se inter-relacionam com o estado de saúde da população.
No início dos anos 90, vários países deram início a programas nacionais
de mudanças globais. Hoje, existem diversos programas e agências
internacionais envolvidos com esta questão, tais como: International
Geosphere-Biosphere Program, Programa Internacional de Dimensões
Humanas, The Global Change System for Analysis, Research and Training,
entre outros. Existem também grandes projetos com focos regionais que
buscam estudar os efeitos das mudanças globais em regiões específicas, como
o Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia. A
combinação desses programas visa atender aos três principais aspectos
temáticos das mudanças