SAUDE
Parasitas esporozoários (protozoários endoparasitas obrigatórios), pertencente à subclasse Coccidia. Desenvolve-se, preferencialmente, nas microvilosidades de células epiteliais do trato gastrintestinal de humanos e de animais como cordeiros e bezerros. Como ele parasita a parte externa do citoplasma da célula, dá a impressão de se localizar fora dela. O parasita apresenta diferentes formas estruturais que podem ser encontradas nos tecidos (forma endógena), nas fezes e no meio ambiente. Os oocistos são pequenos, esféricos ou ovóides e contêm 4 esporozoítos livres no seu interior quando eliminados nas fezes. A duração do ciclo biológico é curta, varia em média de 2 a 7 dias. A contaminação do meio ambiente com fezes humanas pode atingir alimentos e fontes de água usadas para consumo, resultando na transmissão da criptosporidiose. No intestino, os esporozoítos liberados dos oocistos, penetram no epitélio intestinal e se multiplicam assexuadamente (merogonia) com a formação de 2 gerações de merontes (I e II). Em seguida ocorre multiplicação sexuada (gametogonia), com formação de macrogametas e microgametas que, após a fecundação, resultam na formação de oocistos. Esses oocistos vão para a luz intestinal, podendo ser de parede espessa, que é excretado para o meio ambiente ou de parede delgada, que se rompe no intestino, sendo responsável pela auto-infecção. As alterações provocadas pelo parasitismo do Cryptosporiduim parvum nas células epiteliais da mucosa gastrintestinal interferem nos processos digestivos resultando na síndrome de má absorção. Em indivíduos imunocompetentes, a doença se caracteriza por diarréia aquosa (3-10 evacuações/dia, com duração em média de 12-14 dias), dor abdominal, náuseas e febre. Em indivíduos imudeficientes, os sintomas são crônicos, apresentando vários meses de diarréia aquosa, refratária a qualquer medicação e acentuada perda de peso. A mortalidade é elevada. O tratamento é essencialmente