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“Renda, condições de educação, de saneamento e água influenciam bastante na permanência dessas doenças, por isso são consideradas doenças relacionadas à pobreza”, explica Tânia. As doenças negligenciadas consideradas prioritárias pelo governo federal são dengue, doença de Chagas, leishmaniose, malária, esquistossomose, hanseníase e tuberculose. A pesquisadora destaca que outra característica desses males é que, de forma geral, são negligenciados pela indústria farmacêutica global. “Não tem interesse em investimento de pesquisa para geração de vacina, de medicamentos, porque é um mercado pobre, a atividade econômica não dá sustentação para um mercado global”, avaliou.
Tânia Araújo acrescenta ainda que outro componente que contribui para a permanência dessas doenças na agenda do governo é a omissão da rede pública de saúde na atenção a essas populações. 'Muitas vezes você tem o medicamento, mas o serviço de saúde não propicia o acesso às soluções já conhecidas', diz.
A pesquisadora ressaltou que não adianta ter apenas um planejamento do governo federal, “tem que haver ação na ponta. A articulação entre os entes federal, estaduais e municipais é muito importante”.