Saude e religiao
Para os homens primitivos, tudo o que acontecia era explicado a partir de um pensamento mágico, religioso e sobrenatural. Se alguém morresse, por exemplo, seja qual fosse a causa, era devido a vontade dos deuses.
Observa-se, por exemplo, que na época de Hipócrates, este considerava que as doenças eram originadas por desequilíbrios existentes entre as forças da natureza que estão dentro e fora da pessoa, afastando a medicina das causas sobrenaturais. A condição em que o indivíduo se encontrava era resultado da harmonia ou da desarmonia existente entre os humores corporais e também da relação que esse tinha com o mundo em que estava incluído. Foi também a primeira vez na história em que a relação médico-paciente foi concebida como exercendo influência na recuperação do doente.
Na Idade Média, há o retorno do pensamento religioso, principalmente pela influência da Igreja Católica. A fé e a religiosidade eram importantes na cura das doenças vistas como forma de punição pelos pecados. Esse período da história sofreu muito com a grande incidência das pestes e das epidemias devido à falta de higiene e de saneamento.
Posteriormente, a saúde e a doença do homem foram comparadas ao funcionamento ou não de uma máquina, onde órgãos são como peças, e para a manutenção da saúde basta concertá-las ou repô-las. Ou seja, a visão dessa época era materialista, não existia a influência de mais nada além do que era comprovado fisicamente.
Novamente, com a primeira revolução da saúde, houveram modificações de pensamento, passando para a aceitação da teoria do germe e na existência da preocupação com a prevenção da doença. Na segunda revolução a preocupação está com a saúde e não com a doença. Essas estão relacionadas com o comportamento do indivíduo, sendo que mantendo-se hábitos considerados saudáveis poderia reduzir-se consideravelmente a mortalidade , surgindo, então a noção de estilo de vida.
Mas será que ainda hoje as