SAUDE OCUPACIONAL
1. INTRODUÇÃO
As atividades da equipe de enfermagem nas instituições hospitalares caracterizam-se pela prestação do cuidado nas 24 horas do dia, ininterruptamente, permitindo a continuidade da assistência. Isto implica em permanecer grande parte da jornada de trabalho em contato direto com o paciente. Sendo assim os riscos nos serviços de saúde existem em virtude dos inúmeros procedimentos insalubres com graduação variável, sendo influenciada pela complexidade do atendimento prestado. (5)
Desta forma, verifica-se que estes profissionais estão sujeitos a elevado grau de risco ocupacional, destacando-se a exposição aos agentes biológicos. Pode-se elencar cerca de 22 doenças passíveis de serem transmitidas por meio da interação paciente/profissional de saúde, sendo os patógenos veiculados pelo sangue e representantes do maior impacto na saúde do trabalhador os vírus da hepatite C (HCV), da hepatite B (HBV) e da imunodeficiência humana (HIV), causador da Síndrome da Imunodeficiência Humana Adquirida (AIDS)(1).
São diferentes os graus de risco de contaminação para certas doenças, por material contaminado, considerando-se que a exposição de mucosas íntegras apresenta risco médio de 0,1% e a exposição de pele íntegra confere risco inferior a 0,1%. Entretanto, os materiais perfurocortantes de uso hospitalar frequentemente veiculam sangue e secreções, atemorizando os profissionais de saúde quanto à aquisição destas doenças. (8)
Os acidentes ocupacionais podem acometer todos os profissionais de saúde, porém a equipe de Enfermagem está em constante risco visto que suas atividades envolvem o contato com sangue e outros fluidos corpóreos, além da manipulação rotineira de materiais perfurocortantes. Dessa forma, os agentes biológicos são considerados os principais geradores de insalubridade e periculosidade aos trabalhadores de enfermagem em decorrência do contato