Saude mental
INTRODUÇÃO
O termo Psicopatologia é de origem grega; psykhé significando alma e, patologia, implicando em morbidade. Entretanto, como seria impossível suspeitar de uma patologia do espírito ou da alma, já que, conceitualmente o espírito não pode adoecer e, já que, filosoficamente só existiria enfermidade no biológico ou no antropológico, os fenômenos psíquicos só seriam patológicos quando sua existência estivesse condicionada a alterações patológicas do corpo.
A psicopatologia pode ser definida como o ramo da psicologia que estuda os fenómenos patológicos ou distúrbios mentais e outros fenómenos anormais. Ela tenta, especialmente, em estabelecer a diferença entre o normal e o patológico.
Mas o termo psicopatologia, segundo Pierre Pichot, psicólogo e psiquiatra francês, foi empregue pela primeira vez em 1876, na Alemanha, mas com um sentido semelhante ao de psicologia clínica. O seu nascimento, como método e disciplina própria, ocorre bem mais tarde. Na França, no início do século XX, Théodule Ribot (1839-1916) criou com a psicologia científica o método patológico, que permitiu, ao estudar o que é o patológico, compreender a psicologia normal. Pouco tempo depois, Karl Jaspers institui o termo psicopatologia, ao publicar o seu livro Psicopatologia geral em 1913, na Alemanha.
A psicopatologia nasce no início do século XX na França, no momento em que a psicologia, como disciplina científica, começa a separar da filosofia. Na medicina, Claude Bernard vai salientar o interesse do estudo fisiopatológico, que será tomado como modelo pela psicopatologia.
Sigmund Freud, entre outros, iniciam um longo caminho para a elaboração de uma nosografia do psicopatológico, ou seja, uma classificação das doenças mentais e, mais tarde, vai surgir uma classificação que apresenta três grandes categorias: a das psicoses, a das neuroses e a das psicopatias.
A HISTÓRIA DA LOUCURA
Na antiguidade a loucura era considerada como uma manifestação