saude do idoso
Embora representem cerca de 10% da população brasileira, as pessoas com mais de 60 anos respondem por um índice entre 30% e 40% das internações hospitalares. Doenças surgem ou se agravam com a idade e esses percentuais refletem no envelhecimento da nossa população e aumento da longevidade-73 anos em média, mas com cada vez mais indivíduos vivendo até 90, 100 anos, perto do chamado limite biológico. Este contexto que desafia as instituições e os profissionais de saúde, já que o processo de envelhecimento se dá de forma diversa em cada individuo e essas especificidades têm um grande impacto sobre os cuidados especiais que devem ser tomados com o paciente idoso. Assim, regra número um é identificar o perfil e histórico do idoso que será tratado, pois, mais que em outros grupos de pacientes, o tratamento individualizado é fundamental. Nessa faixa etária, muda até o conceito de ‘estar doente’. As pessoas podem até ter doenças crônicas, como pressão alta e diabetes, entre outras. Mas se essas doenças estão controladas não causam nenhuma sequela, não limita a funcionalidade, esse indivíduo é considerado saudável, explica o Dr. Clineu de Mello Almada Filho, geriatra do Einstein. Segundo o Dr. Fábio Gazelato de Mello Franco, Cardiologista e coordenador médico da unidade Vila Mariana do Einstein, os estudos mostram que a prevalência de idosos acima de 65 anos que têm mais de duas doenças varia de 60% a 90%, dependendo da população estudada. “O problema é que, se essas doenças não forem não forem adequadamente controladas, irão resultar em sequelas, como no caso de um infarto ou um acidente vascular cerebral, que irão deixar o indivíduo limitado. O idoso é considerado doente quando perde a funcionalidade”, afirma o Dr. Clineu. Na faixa dos 80 anos, 20% dos idosos integram a categoria dos “ saudáveis”, sendo boa parte deles beneficiada por uma genética favorável. A grande maioria, porém, é