SAÚDE DO IDOSO
FARMACOLOGIA: A IMPORTÂNCIA PARA A ENFERMAGEM (POLIPATOLOGIA E POLIFARMÁCIA) E ESPECIFICIDADE DO IDOSO
Esse tema torna-se particularmente importante face ao aumento da população idosa e ao emprego de vários medicamentos por este grupo etário e à ocorrência relativamente comum de prescrições inadequadas, associações redundantes e interações medicamentosas potencialmente prejudiciais. É importante verificar a qualidade da administração de medicamentos aos idosos, assim como relacionar o tipo de droga utilizada com o perfil do indivíduo, levando-se em consideração, além do estado fisiopatológico, fatores como sexo, idade e condições socioeconômicas.
A compreensão dos padrões de utilização de medicamentos pelos idosos é essencial para o planejamento e estabelecimento de melhoras nos serviços de atenção à saúde. A parcela de idosos na população brasileira vem crescendo muito nas últimas décadas. Entre as décadas de 1940 e 1970, houve um grande aumento da expectativa de vida da população, devido, sobretudo, às ações de saúde pública, como vacinação e saneamento básico; e devido aos avanços médico-tecnológicos. Além disso, os processos de urbanização e planejamento familiar que marcaram a década de 1960 acarretaram uma significativa redução da fecundidade, resultando um aumento da proporção de pessoas com 65 anos ou mais. Estima-se que em 2025, a população brasileira terá aumentado cinco vezes em relação à de 1950, ao passo que o número de pessoas com idade superior a 60 anos terá aumentado cerca de 15 vezes. Esse aumento colocará o Brasil na condição de portador da sexta maior população de idosos do mundo, em termos absolutos (Fonseca & Carmo, 2000), o que demandará melhorias no modelo de atenção à saúde prestado no país, sobretudo no tocante às deficiências da assistência farmacêutica prestada à população. Sendo marcado por uma elevação da freqüência de doenças crônico-degenerativas, o processo de envelhecimento é acompanhado por uma