sarcoma de ewing
O tratamento do Tumor de Ewing é dividido em três etapas: quimioterapia pré-operatória, cirurgia e quimioterapia ou radioterapia pós-operatória.
A sobrevida dos pacientes com tumor de Ewing antes dos anos 70 era de 0 a 20% em 5 anos (82). A partir de 1971 o "Intergroup Ewing's Sarcoma Study" (12), começou a apresentar bons resultados de sobrevida e controle local da doença, com a utilização de esquemas de poliquimioterapia pré-operatória seguida de cirurgia e quimio ou radioterapia pós-operatória. As drogas mais utilizadas são vincristina, actinomicina-D, ciclofosfamida e adriamicina (doxorrubicina), que compõem o "VACA ou VAC" (69). Atualmente a ifosfamida tem sido utilizada em nosso meio como uma das drogas do esquema de poliquimioterapia do Tumor de Ewing.
Independentemente do esquema de quimioterapia utilizado, está estabelecido em nosso Serviço que a quimioterapia deve ser ministrada por algum período de tempo antes de se realizar o tratamento cirúrgico local. Esse tratamento, se radical ou preservador do membro, vai depender exclusivamente da resposta que o tumor apresentar à quimioterapia pré-operatória (77).
A radioterapia é também utilizada no tratamento do tumor de Ewing, principalmente quando o tratamento cirúrgico é inviável.
1. TRATAMENTO CIRÚRGICO
O planejamento e a execução adequados da biópsia na fase de estadiamento inicial são cruciais. A biópsia inadequada pode levar a um diagnóstico errôneo com conseqüências desastrosas para o paciente (41,60).
A maior parte dos tumores de Ewing estende-se além dos limites do osso, para as partes moles adjacentes. Essa área, assim como a cortical destruída pelo tumor e o material intra-ósseo, devem ser biopsiados. Em nosso protocolo de diagnóstico das lesões suspeitas de tumor de Ewing sempre utilizamos a biópsia percutânea, com trefinas de pequeno calibre (2,5 a 3,5 mm). O material obtido costuma ser suficiente para o correto diagnóstico.
Quando se prefere utilizar as biópsias