Tumores osseos
André Rosenfeld
Atualmente, a grande preocupação dos imaginologistas não está com os tumores primários, mas sim com os metastáticos. Para se estudar os tumores ósseos, algumas considerações devem ser feitas para que possamos fazer um diagnóstico diferencial preciso. A primeira delas é a faixa etária. Observamos que até o 1o.ano de vida, há uma maior probabilidade da lesão ser uma metástase de neuroblastoma. O Sarcoma de Ewing, que é prevalente na primeira década de vida (1-20 anos), dificilmente acomete crianças abaixo de um ano. O osteossarcoma acomete a faixa etária entre a 1a e segunda décadas de vida (10-30 anos). Já os tumores benignos com osteoma, osteoma osteóide, osteoblastoma, encondroma, osteocondroma podem acometer adolescentes e adultos jovens. Na fase adulta temos o tumor de células gigantes, que só aparecem após o fechamento das cartilagens de crescimento. Em faixas etárias mais elevadas há uma maior superposição de lesões como reticulossarcoma, fibrossarcoma, linfossarcoma, metástases, mieloma múltiplo. Dentre os princípios gerais para avaliarmos a lesão óssea, temos primeiro se a lesão é única ou múltipla. A maioria das lesões múltiplas são secundárias (metastáticas). Algumas lesões benignas, como a displasia fibrosa, podem ser múltiplas, sendo assim chamada de Doença de Albright. Outras são a osteocondromatose e a encondromatose. Dentre os malignos podemos ter o osteossarcoma multicêntrico, que é raro e tem diagnóstico diferencial com metástases e a forma poliostótica do sarcoma de Ewing. Dentre as lesões líticas múltiplas, temos o Mieloma Múltiplo que tem diagnóstico diferencial muito difícil com implantes ósseos. Outro fator é tipo de osso envolvido pela lesão tumoral, onde vemos que lesões do esqueleto axial e extremidades proximais, como fêmur e úmero, são mais sugestivas de metástases e reticuloses. Um dado importante para nossa análise é que os vasos que nutrem o osso penetram pela região