Santo agostinho e a linguagem

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O paradoxo da linguagem e a teoria da iluminação em Santo Agostinho

Santo Agostinho, considerado um dos mais importantes representantes da Patrística, marcou, além da filosofia cristã, a teoria lingüística e a história da pedagogia. Em sua obra De Magistro, é investigada a finalidade da fala e apresentados modos de visão interessantes sobre o fenômeno da linguagem. Veremos, contudo, que sua intenção não foi tanto a de desenvolver uma filosofia sistemática da linguagem, mas a de comprovar a presença de uma realidade divina por trás do processo do conhecimento.
Juntamente com seu filho Adeodato, o autor principia o diálogo De Magistro investigando o propósito da fala. A obra se coloca, desde o início, no centro do problema filosófico inerente à educação e à comunicação: como se dá a transmissão de conhecimento de uma pessoa para outra? Em que é fundada a tradicional relação entre mestre e aluno, que consiste no ensinar por parte do primeiro e no aprender por parte do segundo? Um ponto que se destaca por todo o pensamento agostiniano sobre a filosofia da linguagem é a tese segundo a qual palavras representam sinais, representantes estes de tudo o que é passível de significação.
A priori defende Agostinho que o ensino é possível através da palavra. Para conseguir um entendimento, tanto o falante quanto o ouvinte têm de entender o caráter de sinal de uma palavra. Entretanto, no decorrer do diálogo, Agostinho contrapõe sua primeira tese com o paradoxo segundo o qual: nada pode ser ensinado sem sinais; os sinais não ensinam nada. Ele explica que o sinal não produz, mas pressupõe um conhecimento prévio das coisas. Em outras palavras: se não sabemos a que coisa uma sinal se refere, este nada nos pode ensinar; e se, ao contrário, o sabemos, este não estará ensinando, mas sim nos recordando de algo que já sabemos. Ora, como então é possível a educação?
O problema filosófico sobre a possibilidade da educação é resolvido através da doutrina/teoria agostiniana da

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