Sandr
2. Mesmo com a crise, o capital financeiro, numa íntima relação com o capital produtivo, se mantém controlando e se apropriando das riquezas geradas nas economias. As empresas transnacionais mantêm o seu padrão de acumulação, aumentando a ofensiva de produção e comércio internacional, controlando os mercados, os preços e ampliando seus lucros.
3. No contexto latino-americano há uma ampliação de governos de centro esquerda, com a eleição de Hugo Chaves na Venezuela, LULA e Dilma no Brasil, Fernando Lugo no Paraguai, Mujica no Uruguai, Evo Morales na Bolívia, Rafael Correa no Equador e Ollanta Humala no Peru.
4. No entanto, o perfil ideológico que orienta estes governos, não tem sido suficiente para estabelecer uma estratégia de centro esquerda para a América Latina. O que se observa é a formação de dois blocos distintos, um entre os países que fazem parte do MERCOSUL e outro com aqueles vinculados com a ALBA. Além dos mais, em muitos casos, cada país faz a sua própria política de acordo com os interesses locais, dificultando conquistas que sejam do conjunto da região.
5. Esta dificuldade em realizar ações e estratégias articuladas se dá, também, para o estabelecimento de políticas destinadas ao campo. Observam-se muitas dificuldades em construir políticas de fortalecimento para a agricultura familiar na região, mesmo entre os países membros do MERCOSUL ampliado.
Conjuntura nacional
6. O Brasil nos últimos anos vem conseguindo crescer economicamente. Vem utilizando uma política econômica baseada em investimentos em infra-estrutura de grandes projetos, expansão do agronegócio e do crédito e ações de