SALVADOR
Características da Colonização Portuguesa A colonização portuguesa assumiu características de desordem urbana em recorrência a falta de planejamento, pois nada inventaram os portugueses no planejamento de cidades em países novos. Ao contrário dos espanhóis, que eram instruídos por lei a executar um traçado em forma de xadrez; já os portugueses não mantinham regras, exceto a antiga defesa através da altura. Autores afirmam que cidades portuguesas eram fruto de uma recriação das cidades medievais portuguesas com ruas tortuosas e com seus bairros congestionados, onde tende para a cidade perfeita, aquela que em cada um dos elementos exerce função natural.
No Brasil Com características diferentes das que marcaram as cidades da América espanhola – que eram planejadas como um tabuleiro de xadrez, com ruas e quarteirões retos e uniformes, as cidades brasileiras foram resultado da dinâmica do dia-a-dia, ou seja, de um crescimento desordenado. Por isso, elas apresentavam certo naturalismo, obedecendo mais ao rigor do relevo local do que a planos geométricos. No Brasil, os colonizadores portugueses seguiram de perto os espanhóis na fundação de núcleos urbanos, mas o traçado inicial das cidades não correspondia a nenhuma norma oficial generalizada.
Mapa de Salvador – 1631 A diferença de métodos do urbanismo colonial português em relação ao espanhol começa pela legislação. Enquanto os espanhóis possuíam um código legislativo de âmbito geral para ser observado pelos povoadores, os portugueses limitavam a sua legislação ao que continha a “Ordenação do Reino”, que cuidava antes dos edifícios e servidões, com limitações ao direito de propriedade, do que dos procedimentos de fundação das cidades, Estas eram consideradas cada qual com um caso particular, a exigir determinações específicas, que podiam variar de cidade para cidade.
O aspecto predominante na cidade na cidade colonial é de desordem. Notou-o Sérgio Buarque de Holanda:
“A cidade que os