Ppra pronto
PARÁBOLAS, CONTOS E FÁBULAS
(E a Questão da Tolerância)
Os Fins Justificarão os Meios? Rodolfo Domenico Pizzinga www.rdpizzinga.pro.br [pic]
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Música de fundo: Bolero (Maurice Ravel)
Fonte: http://www.lalves.locaweb.com.br/lamus01.htm
INTRODUÇÃO
Se se considerar plausível a existência de uma ÉTICA CÓSMICA, os múltiplos códigos estabelecidos pelo homem nada mais são do que reflexões morais relativas passíveis de permanente atualização, que podem ou não, no todo ou em parte, estar em conformidade com esta ÉTICA. Nesse sentido, a moral (tanto quanto a verdade) é relativa: muda com os costumes e, conseqüentemente, com o evolver das civilizações. Logo, aquele que se imobiliza e permanece aferrolhado a um conceito, petrifica a consciência impedindo-a de perceber outros possíveis matizes do TECLADO UNIVERSAL.
Por outro lado, em um momento histórico, certos fins (justos ou injustos) podem ter legitimado determinados meios (justificáveis ou injustificáveis); em outro, inexistindo aqueles fins os meios não mais se aplicam. Mas, como determinados fins parecem ser permanentes, apenas se modificam os meios e as técnicas para que sejam alcançados esses mesmos fins. Como uma escada em espiral, voltam sempre a se fazer presentes como que em um movimento helicoidal e em estágios ou planos mais elaborados e – dependendo do fim em si – muitas vezes mais torpes e tenebrosos.
Considerando, hipoteticamente, que possam existir dois tipos de fins e dois tipos de meios, a saber, fins lícitos e fins ilícitos, meios lícitos e meios ilícitos, um místico ou um espiritualista da senda direita só poderá operacionalizar, em qualquer nível ou plano, meios lícitos que estejam amalgamados e conduzam a fins lícitos. Esta máxima, que é fundamentalmente kantiana, é universal. Logo, não se restringe a este ou àquele indivíduo, a este ou àquele grupo. É, repito, universal. Agnósticos, portanto, dela não podem se evadir. Ninguém pode dela