Salvador Dali
A exposição que o Centro Cultural do Banco do Brasil trouxe ao Brasil, intitulada Salvador Dali, conta com obras que vieram das três principais instituições que detém o privilégio de guardar as obras do artista catalão: a Fundação Gala - Dalí, Museu Reina Sofía, na Espanha e o Museu Salvador Dalí, em Saint Petersburg/EUA. A exposição conta com 29 pinturas, 72 gravuras e desenhos, 16 fotos, 39 documentos e contribuições do pintor ao cinema em parcerias. Esta é a mais completa exposição do artista já organizada no país.
O “circuito” expositivo estava disposto em ordem cronológica das obras de Dali, onde o que se buscava era dar um panorama da vida do artista catalão e o desenvolvimento gradual de sua carreira artística, bem como os diversos estágios que sua arte atravessou até culminar no seu encontro com o movimento surrealista, movimento este que decididamente levou o artista a circular entre os principais expoentes da arte no sec.XX.
A exposição foi projetada, segundo pude observar na ida ao espaço, com uma primeira sala de entrada que contava com algumas telas do período de formação do pintor, telas com figuras femininas, personagens familiares, auto-retratos, praias e paisagens ao fundo. Podemos observar nesta primeira sala, sua adesão ao cubismo e a influência de Pablo Picasso na sua trajetória artística, como no quadro o “Auto-retrato cubista”.
Na sala 2, nos deparamos com fotografias de quadros destruídos no cinema Studio 28 após a estréia de “A Era do Ouro”, exibições de cartazes que divulgavam o filme no período e uma sala onde este mesmo filme se encontrava em exibição constante.
Na sala 3, foram exibidos desenhos e gravuras feitas pelo artista como interessantes ilustrações de botânica que me chamaram muito a atenção pela qualidade dos seus traços e as diferentes formas que Dalí conseguia imprimir a estas flores, ao transformá-las em borboletas ou em pequenos personagens dentro das plantas. Cabe