Saint hilaire
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Pamella Sue Zaroski[2]
A partir do século XVIII, ocorreu na Europa um crescente interesse em promover expedições de caráter científico. Influenciados por ideais iluministas, e por uma necessidade econômica e política, vários Estados europeus preocupados em conhecer as propriedades naturais que lhes cercavam, passaram a enviar viajantes naturalistas para territórios no Novo Mundo.
Essas expedições científicas, que intensificaram-se no século XIX, eram marcadas com o objetivo de promover um conhecimento prático, que colaborasse para o desenvolvimento dos Estados. A propagação de obras de caráter enciclopedistas, promove nesses viajantes a preocupação em relatar minuciosamente, através de diários textuais, ou relatos pictóricos, aquilo que lhes era encomendado. Vale ressaltar, que grande parte desses naturalistas, eram enviados e financiados por seus Estados, com objetivos pré definidos, eram nesse sentido, representantes de suas coroas em territórios estrangeiros.
A natureza, a partir do Iluminismo, passa a ser compreendida como uma criação divina da qual o homem deverá apropriar-se e utilizar em benefício próprio. A natureza tem um fim específico, o de servir ao homem. Nesse sentido, conhecer cientificamente as principais colônias, suas propriedades naturais é mais do que uma inovação do saber científico, é uma preocupação do Estado em utilizar esse saber de modo prático, visando um desenvolvimento econômico.
Esses viajantes naturalistas e suas expedições, possuem um certo espaço dentro da historiografia brasileira a bastante tempo. Os historiadores do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, na tentativa de formar uma identidade nacional, e levantar os heróis dessa nação, publicaram inúmeros relatos de viagem produzidos por esses jovens cientistas. Todavia,