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O Proálcool (Programa Nacional do Álcool) consistiu em uma iniciativa do governo brasileiro de intensificar a produção de álcool combustível (etanol) para substituir a gasolina. Essa atitude teve como fator determinante a crise mundial do petróleo, durante a década de 1970, pois o preço do produto estava muito elevado e passou a ter grande peso nas importações do país.
Nesse sentido, em 1975, foi criado o Proálcool, sendo oferecidos vários incentivos fiscais e empréstimos bancários com juros abaixo da taxa de mercado para os produtores de cana-de-açúcar e para as indústrias automobilísticas que desenvolvessem carros movidos a álcool.
A primeira, chamada fase inicial, foi de 1975 à 1979, onde o esforço foi para a produção de álcool anidro para a mistura com gasolina, e esse esforço coube as destilarias. As produções cresceram de 600 milhoes L/ano para 3,4 bilhoes L/ano. A segunda fase durou 6 anos e foi a fase de afirmação, onde com a 2° crise do petróleo, o governo criou órgãos como o CNAL(Conselho Nacional do Álcool) e CENAL(Comissão Executiva Nacional do Álcool) para agilizar o programa. Houve um grande aumento na produção alcooleira e na obtenção de automóveis a álcool.
A terceira fase é conhecida como fase de estagnação, foi de 1986 à 1995, nessa época houve uma grande baixa nos preços do petróleo, colocando o programa à prova, e para piorar o Brasil se encontrava numa serie escassez de recursos públicos, resultando num decréscimo nos investimentos dos projetos de produção de energia. A produção de álcool não acompanhou o crescimento descontrolado da demanda, onde a procura por carros a álcool foi superior à 95% do total das vendas.
Apesar de seu caráter efêmero, a crise de abastecimento de álcool do fim dos anos 1980 afetou a credibilidade do Proálcool, que, juntamente com a redução de estímulos ao seu uso, provocou, nos anos seguintes, um significativo decréscimo da demanda e, consequentemente, das vendas de automóveis