Sabre de luz
Fragmentos...
CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA
Edgard Morin. Mem. Martins: Publicações Europa-América, s. d., 268p. A ciência não é somente uma acumulação de verdades verdadeiras. Digamos mais, continuando Popper: é um campo sempre aberto onde se combatem não só as teorias mas também os princípios da explicação, isto é, também as visões de mundo e os postulados metafísicos. (p. 20)
O conhecimento científico não é o reflexo das leis da natureza. Traz com ele um universo de teorias, de idéias, de paradigmas, o que nos remete, por um lado, para as condições bioantropológicas do conhecimento (porque não há espírito sem cérebro), por outro lado, para o enraizamento cultural, social, histórico das teorias. (p. 21)
É, pois, necessário que toda a ciência se interrogue sobre as suas estruturas ideológicas e o seu enraizamento sociocultural. Aqui, damo-nos conta de que nos falta uma ciência capital, a ciência das coisas do espírito ou noologia, capaz de conceber como e em que condições culturais as idéias se agrupam, se encadeiam, se ajustam umas às outras, constituem sistemas que se auto-regulam, se autodefendem, se automultiplicam, se autoprogramam. Falta-nos uma sociologia do conhecimento científico que seja não só poderosa mas também mais complexa que a ciência que examina. (p. 21)
COMPLEXIDADE
A problemática da complexidade permanece marginal. Tanto no O segundo mal-entendido consiste em pensamento científico como no confundir a complexidade e a completidão. ... pensamento epistemológico como O problema da complexidade não é o de estar no pensamento filosófico ... completo, mas sim do incompleto do Curiosamente, a complexidade só conhecimento. ... o pensamento complexo apareceu numa linha marginal tenta ter em linha de conta aquilo de que se entre o engineering e a ciência, desembaraçam, excluindo-o, os tipos na cibernética, a teoria dos mutiladores de pensamento a que chamo sistemas. ... Como a complexidade simplificadores e, portanto, ela luta não só