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Depois da tomada da Crimeia, “diálogo político”. Como informa Zero Hora, o final de semana de tensões crescentes não terminou com um estrondo, mas com um gemido: o chanceler alemão Ângela Merkel e o presidente russo Vladimir Putin teriam concordado em estabelecer um “grupo de contato” sobre a Ucrânia. No teatro de operações, no entanto, tudo segue como dantes: a Rússia controla a Crimeia, república autônoma que pertence à Ucrânia.
Disparos retóricos e salvas de saliva. Para compensar a própria incompetência, os Estados Unidos (via John Kerry, secretário de Estado), a Organização do Tratado do Atlântico Norte (via Anders Fogh Rasmussen, secretário-geral) e a Grã-Bretanha (via David Cameron, primeiro-ministro) intensificaram ontem acusações e ameaças contra a Rússia. Apesar de pesado, o tom das declarações ainda está muito distante do ultimato. Basta comparar essas reações com o chamado à cruzada liderado por Cameron e pelo presidente da França, François Hollande, em setembro do ano passado, contra Bashar al-Assad para se perceber o quanto o tom é brando. Aliás, Hollande adotou perfil discreto nesta crise.
Protestos em toda a Ucrânia. Nas ruas, apesar do frio, os ucranianos continuam promovendo manifestações contra a interferência da Rússia em seus assuntos internos. O exército ucraniano está em prontidão, e neste domingo o governo anunciou o fechamento do espaço aéreo para todas as aeronaves não comerciais. Na prática, porém, isso significa muito pouco.
Com fortes laços com a Rússia, Ucrânia é seduzida pelo bloco europeu - e oscila entre os dois. Saibam quais são as origens da disputa e o que está em jogo nessa queda de braço
Conflito
O problema começou em novembro quando multidões começaram a ir ás ruas da capital ucraniana, Kiev, para pressionar o então presidente ucaranio, Viktor Yanukovych, a fechar um acordo comercial com a União Europeia em detrimento de um com a Rússia.
O movimento se fortaleceu diante da