ruidos
Laboratório de Psicofisiologia (www.icb.ufmg.br/lpf), ICB-UFMG
Belo Horizonte, CP 486, 30.161.901, Brasil Resumo: Este trabalho consta de duas partes: 1) PERTURBAÇÃO DO RUÍDO NO HOMEM DORMINDO: A maioria das pessoas dorme de olhos fechados e na penumbra. Em decorrência perde-se a percepção visual, suprimindo mais de 90% das informações recebidas e um sistema de segurança de prevenção de ataque de surpresa. No sono, a audição, o segundo sentido em quantidade de informação, assume o controle para detectar qualquer sinal de perigo, mantendo seus canais abertos numa abertura angular total de 360o em torno do nicho individual. A perturbação pelo ruído é uma das mais críticas, porque o silêncio se faz necessário para o sono ocorrer na melhor qualidade, que garante as mais nobres funções, a pouco tempo desconhecidas. Caso contrário, mesmo dormindo, o organismo começa reagir gradualmente com seu alerta, e o indivíduo tende a acordar. A partir do valor médio de 30 dB(A), aparecem reações perturbadoras das vísceras, no EEG e da estrutura do sono. O ruído aumenta a duração dos estágios superficiais do sono, quase inúteis, enquanto o tempo total e os estágios necessários, MOR e estágios 3 e 4, se reduzem consideravelmente. O despertar costuma ocorrer mais devido aos picos de ruído, de 8 a 19 dB(A) sobre o nível de fundo. Quando o ruído do fundo atinge 65 dB(A), os reflexos protetores do ouvido médio parecem funcionar, anulando em parte função da audição e introduzindo insegurança pela diminuição da vigília auditiva, evidenciada pela maior demora para se pegar no sono. A situação insalubre na cidade e em hospitais de Belo Horizonte é mostrada como exemplo corrente do 3o Mundo industrializado e urbanizado. A poluição sonora, consciente ou inconscientemente, piora significativamente a qualidade absoluta do sono, acarretando piores desempenhos físico, mental e psicológico. 2) PERTURBAÇÃO DO RUÍDO NO