laser
Mecanismo de Lesão da Fibra Muscular – Formação do Ponto-Gatilho Miofascial
Alongamento ou encurtamento excessivo, movimentos repetitivos, movimentos muito rápidos, ou sobrecarga de um músculo, em especial se forem prolongadas, podem provocar microtraumatismos. Assim, parte da fibra muscular pode ser destruída por ruptura do sarcolema.
Caso esses microtraumatismos lesem o retículo sarcoplasmático, haverá a liberação dos íons cálcio que se acumularão na proximidade da lesão. Isso fará com que haja uma contração muscular mantida, mesmo que involuntária. Portanto, o íon cálcio estará em grande quantidade tanto na fenda sináptica quanto no interior da fibra msucular. Há ainda um distúrbio na membrana pré-sináptica (fibra nervosa) que leva os canais de cálcio voltagem-dependentes a se abrirem com maior freqüência, ocasionando uma maior liberação de Ach na fenda sináptica. Como resultado, os sarcômeros estarão contraídos o máximo possível de maneira prolongada, aumentando as necessidades metabólicas, enquanto há uma constrição dos capilares locais. Assim, a área fica rígida, isquêmica e com acúmulo de resíduos metabólicos.
Em condições normais, esse estado seria reversível com a reabsorção dos íons cálcio para o retículo sarcoplasmático. Mas, devido à diminuição da circulação, há também diminuição de fornecimento de ATP, diminuindo a fonte energética das bombas de cálcio. Como conseqüência, há a liberação de substâncias nociceptivas (bradicinina, prostaglandinas e histamina) que geram dor, devido à sensibilização dos receptores nociceptivos. Configura-se, portanto, um ciclo vicioso, provocando alterações histológicas e a formação ou reativação de pontos-gatilho latentes.
Esse estado de contração é devido a um estado de contração sustentada dos sarcômeros, levando a um encurtamento desses (patológico), que no conjunto levam a um encurtamento muscular. Associado a isso, a reação de defesa do músculo contra a dor, provoca uma perda