Rousseau relata no terceiro livro as noções sobre o governo, seus princípios, e sua divisão. Ele diz que toda ação tem duas forças: a vontade que pertence ao poder legislativo e a ação que pertence ao executivo. O poder legislativo corresponde ao povo e o executivo é o responsável por colocar as leis em execução. Para Rousseau o Governo é um corpo intermediário estabelecido entre os súditos e os soberanos e seus membros são os governantes ou o príncipe que administram o pode executivo. Rousseau utiliza sistemas para explicar, se o Governo é composto de muitos súditos ele deve aplicar uma força maior em sua administração e o soberano deverá ter mais força para conter o Governo. Para que o Estado esteja em equilíbrio perfeito deve existir igualdade entre o resultado ou poder do Governo e o resultado ou poder dos cidadãos. O Governo para ser bom deve ser relativamente mais forte à medida que o povo se torna mais numeroso. Rousseau descreve as formas de governo como elas deveriam ser e não como elas são. Ele distingue a pessoa que forma o Governo em três vontades: a vontade própria do governo, a vontade do corpo político e a vontade soberana do povo. Numa legislação perfeita não se deve existir interesses particulares ou individuais, a vontade soberana sempre é dominante. Rousseau revela a importância da divisão do Governo. Ele não defende uma forma de Governo afirmando que depende de cada caso particular, dependendo de vários fatores como o número de súditos, território e até mesmo o clima. Mas ele diz de modo geral que a democracia é aplicada aos Estados pequenos, a aristocracia aos médios e a monarquia aos grandes. O soberano pode confiar o Governo a todo o povo ou a maior parte dele, de tal forma que haja mais cidadãos governando do que particulares, isso é a democracia. Ele afirma que jamais podemos dizer que existiu e nunca existirá verdadeira democracia, pois não tem como o maior número Governar o menor. Na aristocracia, quando o Governo é confiado a um