Rousseau
O mais popular, avançado e crítico dos filósofos modernos, Jean Jacques Rousseau, foi também objeto de grande polêmica e admiração. Revolucionários franceses, fizeram de suas idéias lemas para as fases avançadas da revolução. Ao mesmo tempo, a burguesia, a igreja e o pensamento conservador o têm como um dos seus grandes incômodos.
Escreve o Discurso sobre as ciências e as artes, em seguida, escreve o Discurso sobre a origem e os Fundamentos da desigualdade entre os homens, obra polêmica que lhe consagra. Escreve A nova Heloísa, os seus importantes livros O contrato social e Emílio e também as cartas escritas da montanha, dentre outros. O pensamento de Rousseau é muito original em comparação com os demais filósofos modernos do iluminismo. Os iluministas exalta a razão contra as trevas da fé religiosa. Rousseau, não toma parte do obscurantismo religioso, mas também não toma parte de um pleno racionalismo. Para ele, a civilização não poderia ser considerada o apogeu da vida humana, em oposição a uma vida natural primitiva. Pelo contrário, a civilização era culpada da degeneração da moral do homem natural. Em sociedade, o comportamento humano se altera, buscando ganhos e vantagens pessoais.
A polidez, a educação e a etiqueta escondem interesse pessoal por detrás da relação com os outros. Em sociedade, dá-se importância ao luxo, criam-se necessidades artificiais e os homens passam a ser escravos de tais caprichos. A educação é o corolário mais importante do pensamento de Rousseau. Investe numa reflexão que seja capaz de transformar o homem. O homem não é apenas razão, é também e mais sentimento. O ser humano, em sua verdade profunda, no contato profundo com a natureza, mais do que pensar, sente.
Desvendar as conexões mais profundas, tanto da razão quanto do sentimento, foi o itinerário empreendido por Rousseau. Não busca a volta a um idílico estado natural. Seu projeto é o de entender a natureza humana para saber se ainda há solução para consertar a