Rousseau
O filosofo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), natural de Genebra, na Suiça, abandonou sua terra natal aos 16 anos. Levou uma vida conturbada, andando por diversos lugares, ora por espirito de aventura, ora devido à perseguições religiosas. Em Paris, onde passa a residir, convive com os enciclopedistas tornando-se amigo de Diderot.
Costuma-se dizer que Rousseau provocou uma revolução copernicana na pedagogia: assim como Copérnico inverteu o modelo astronômico, retirando a terra do centro, Rousseau centralizou os interesses pedagógicos no aluno, não mais no professor. Mais que isso, ressalta a especificidade da criança, que não deve ser encarada como um adulto em miniatura.
Rousseau idealiza à uma educação natural que recusa ao intelectualismo que leva fatalmente ao ensino formal e livresco, ou seja, o homem não se reduz à dimensão intelectual, como se a natureza pudesse ser apenas razão e reflexão, porque antes da “idade da razão” (15 anos) já existe uma “razão sensitiva”.
Portanto os sentidos, as emoções, os instintos e os sentimentos são anteriores ao pensar elaborado, e essas disposições primitivas são mais dignas de confiança do que os hábitos de pensamento inculcados pela sociedade.
Rousseau é um amante da natureza. Quer retomar o contato com os animais, plantas e fenômenos físicos dos quais os homens urbanos frequentemente se distanciam.
Ele valoriza a experiência, a educação ativa voltada para a vida, para a ação, cujo principal motor é a curiosidade.
Destaca-se a obra “Emilio” que relata de forma romanceada a educação de um jovem da que é acompanhado por um preceptor ideal e afastado da sociedade corruptora. O projeto de uma educação conforme a natureza, que não significa um retorno a vida selvagem primitiva e sim a busca da verdadeira natureza, que corresponde à vocação