Rousseau
Era adepto de uma corrente pedagógica denominada Naturalismo, que dentre tantos princípios, professa uma concepção demasiado otimista da natureza humana, ou seja, que o homem é, por natureza, um ser bom, produzindo, então, como consequência, uma pedagogia ou educação negativa, contrária aos castigos e punições para com os errantes, e claro, a destruição da autoridade.
Com base nesta bondade natural do homem, denominada o mito 'do bom selvagem', sustenta Rousseau, em política, que a sociedade é corruptora do homem, ou seja, que as artes, as letras, a ciência, adulteram o homem, transformando-o em ser arrogante, soberbo, confiado em extremo em seu saber.
Os homens que se corromperam pela sociedade, porém, podem ser redimidos, salvos, e esta redenção está na renaturalização do homem, ou seja, na recuperação de seu mundo interior, na busca do profundo e na fuga das aparências, no contato maior com a natureza, com a mãe terra, no retorno ao tribalismo, no contato vital com as energias cósmicas. Ora, onde encontramos esta agenda em nossos dias, na política atual? Nos defensores do ecologismo extremo e nos ideários de vários partidos políticos, todos alinhados ao dogmatismo rousseaniano do mito do 'bom selvagem'.
Outra influência do genebrino na política atual, mundial e doméstica, é a teoria de que a desigualdade social é fruto do direito de propriedade, já que os bens naturais deviam ser comuns a todos, num comunismo igualitário imperante. Esta teoria encontra-se no "Discurso sobre a Desigualdade". Encontramos exatamente esta ideia como mola mestra dos partidos políticos atuais, sobretudo os de esquerda.
A socialização radical, outra doutrina política de Rousseau inserida no seu "Contrato Social", é a passagem do estado natural, onde