Rouanet
O autor explana em seu texto como idéia central a modernidade, onde esta é composta por três conceitos, são eles: universalidade, individualidade, e autonomia. Rouanet (1993) parte para um discurso direto sobre esses conceitos propondo-se a identificar e analisar cada um na sociedade moderna. Afirma que não vivemos uma crise na modernidade, e sim uma crise no projeto moderno de civilização, onde a universalidade, a individualidade e a autonomia não são realizados tal qual são propostos, não se trata de uma transgressão na prática dos conceitos aceitos na teoria, trata-se da rejeição desses princípios.
Segundo o autor, o universalismo, a idéia de que todos os seres humanos, independente de qualquer barreira geográfica ou cultural, é sucumbida por particularismos de todos os tipos; a individualidade se perde na apatia e no conformismo da sociedade de consumo e a autonomia intelectual passa por um reencantamento do mundo, ou seja, um surto de culto ao sobrenatural.
Rouanet (1993) lança em seu texto a construção da idéia iluminista, visando que o Iluminismo tem uma existência meramente conceitual, onde se distingue da Ilustração, que vem a ser um momento na história cultural do ocidente verdadeiramente universalista, sendo que todos os homens são iguais, independentemente das fronteiras culturais.
Em suma, a característica marcante de Rouanet (1993) é quando o autor faz uma analise sobre a idéia iluminista que parte da Ilustração, do Liberalismo real e do Socialismo e examina o modo de funcionamento das categorias da universalidade, da individualidade e da autonomia dentro dos conceitos, ao decorrer do texto. Destaca em seu texto o contexto do século XIX e XX, onde várias correntes estiveram em jogo, no entanto, o pensamento liberal e o socialismo destacam-se por suas particularidades com relações às demais correntes intelectuais.
Para o autor, a