roteiro brás cubas

Roteiro: Memórias Póstumas de Brás Cubas

Laysa: Por algum tempo fiquei em dúvida se deveria começar essas memórias pelo inicio ou pelo fim, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou minha morte. Normalmente se começa pelo começo, mas decidi começar pelo fim.
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Laysa: Assistiram a minha partida algumas poucas pessoas. Entre elas uma senhora.
ENTRA VIRGILIA (Julia)
Julia: morto ? esta morto ?
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Laysa: Virgilia, esse era o nome daquela mulher, aos pés da cama, pálida, sem nenhuma excitação por se aproximar. O amor de minha vida, minha perdição, Virgilia.
Mas calma, não começarei essas memórias por ela. Mas sim pelo começo, e começo bem me faz lembrar de nascimento.
AUDIO (criança chorando)
Laysa: 20 de outubro de 1805, eu nasci!
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Minha mãe, uma leiga, sempre me ensinando a rezar, para que eu virasse santo, coisa que estava longe de ser.
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Com o tempo passado, me tornei um jovem audaz, cheio de vontade de conhecer as aventuras que a vida poderia me oferecer. Até que um dia, dia da independência, dia em que todos comemoravam um novo imperador, eu comemorava uma nova rainha. Marcela, ah Marcela, levei 30 dias e 3 esmeraldas para chegar ao amor de Marcela.
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Marcela me amou durante 15 meses e 11 contos de réis, 11 contos esses que causaram revolta em meu pai, que por isso me mandou pra Europa para estudar, pensei em me matar e outras coisas. Mas sobrevivi.
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Levei a vida de acadêmico até me formar doutor, doutor em direito, passei por lugares, e por mim mulheres passaram, muitas mulheres. Até que recebo uma carta de meu pai, alertando-me para voltar para o Rio, pois se demorasse-me a voltar, não veria mais a minha pobre mãe viva. Fui até ela.
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Permaneci ao lado daquela mulher, a única até o dia atual que me fizera largar todas as outras por ela. Até que me deu seu ultimo suspiro. Desde então, vivemos eu e meu pai apenas, amargurado a vida tinha se tornado uma obrigação á mim.
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Depois de algum tempo,