Rosalind Franklin
Biofísica britânica nascida em Londres, pioneira da biologia molecular e uma das mais brilhantes pesquisadoras inglesas do século XX, que, empregando a técnica da difração dos raios-X, concluiu que o DNA tinha forma helicoidal (1949). Contrariando o desejo dos pais, aos 15 anos ela decidiu que queria ser uma cientista. Entrou (1938) no Newnham College, Cambridge, graduando-se em físico-química (1941). Dedicando-se aos estudos de cristalografia por raios-X, iniciou-se como pesquisadora (1942) analisando a estrutura física de materiais carbonizados. Trabalhando no British Coal Utilization Research Association, onde desenvolveu estudos fundamentais sobre as microestruturas do carbono e do grafite, base de seu doutorado em físico-química pela Cambridge University (1945), no esforço de guerra da Inglaterra na segunda guerra mundial. Trabalhando em Paris (1947-1950), no Laboratoire Central des Services Chimiques de L'Etat, usou a técnica da difração dos Raios-X para análise de materiais cristalinos. Voltando para a Inglaterra, após a guerra, dedicou-se inteiramente ao estudo da estrutura do DNA trabalhando no King's College, de Londres. Juntou-se a equipe de biofísicos do King's College Medical Research Council (1951) e com Raymond Gosling no laboratório de biofísica do britânico Maurice Wilkins, e iniciou a aplicação de estudos com difração do raio-X para determinação da estrutura da molécula do DNA. Esteve prestes a desvendar a estrutura do DNA e seus achados foram fundamentais para que o bioquímico norte-americano James Dewey Watson e os britânicos Maurice Wilkins e Francis Crick confirmar a dupla estrutura helicoidal da molécula do DNA, dando-lhes o Nobel de Medicina ou Fisiologia (1962), tendo nela a grande injustiçada, especialmente por ser mulher. Embora utilizando dados e fotografias de raios-X obtidos por ela, Crick e Watson, não só não a incluíram no artigo original publicado na revista Nature, como omitiram sua decisiva contribuição na