romantismo urbano
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Estudos Literários O Romance Urbano é o que desenvolve tema ligado à vida social; em outras palavras, tem como principal característica retratar e criticar os costumes da sociedade. Daí, historicamente, ser sinônimo de romance realista, especialmente no século XIX. Os personagens centrais (os heróis) deixam de ser o aristocrata com os seus rígidos códigos de honra e seus valores típicos da nobreza, para serem homens comuns, normalmente de origem burguesa ou plebéia, e que vivem dramas corriqueiros. Suas ações já não lhes proporcionam fama e poder, mas giram em torno de fatos relativamente insignificantes: complicações sentimentais, sociais e financeiras, comuns à maioria das pessoas.
Um de seus principais representantes é Thomas Hardy, autor de Judas, o Obscuro (Jude the Obscure, 1896). A fórmula do romance urbanao francês conquistou adeptos importantes em todas as literaturas e é nesse estilo que o romance urbano chega ao Brasil.
No Brasil o romance urbano ocupou-se principalmente em retratar a cidade do Rio de Janeiro, capital do país, centro político e cultural que agregava o público consumidor da época. Seu introdutor foi Joaquim Manoel de Macedo, quando em 1844, publica A Moreninha, um romance adaptado ao nosso cenário, retratando os costumes, as manias, e as mediocridades da sociedade carioca da época, em estilo fluente e leve numa linguagem simples que beira o desleixo. Com esta receita, Macedo consegue ser o autor mais lido do Brasil no final da década de 40 e início dos anos 50, até sofrer a concorrência de Alencar e seu O Guarani (1857). A descrição desses costumes (festas e tradições), a caracterização do espaço e costumes, deu a obra também um valor documental. Outros representantes foram José de Alencar, Senhora, Lucíola; Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um Sargento de Milícias; Érico Veríssimo, Clarissa, Olhai os Lírios dos Campos; para só citar esses nomes.