Romance urbano
A partir da década de 1830 uma nova forma de entretenimento surgiu para os moradores da capital do Império: os romances estrangeiros, principalmente franceses que eram publicados nos jornais em forma de folhetins. Os romances marcados por características melodramáticas e finais felizes faziam sucesso entre os jovens da corte.
A representação dos costumes da elite brasileira definiu o projeto literário do romance urbano. O contexto de produção literária romântica, ao profissionalizar a condição dos escritores, estimulou a criação literária porque, como eles passaram a depender da venda de seus textos, passam a escrever mais. A circulação inicial ocorreu nas paginas dos periódicos. Além de noticiar os fatos, os jornais também publicavam folhetins, estrangeiros e traduzidos, dando inicio a um novo publico leitor.
Identidade e democratização cultural
O romance urbano, por meio da divulgação de perfis, espaços e comportamentos reconhecidos, também investe na criação de uma identidade nacional. A consolidação dessa nacionalidade ocorre todas as vezes que um leitor se reconhece nas cenas que lê.
Com uma estrutura simples, e sem se valer de referencias culturais sofisticadas (histórias, artísticas), o romance romântico urbano contribuiu para a criação de uma identidade nacional, e democratização da literatura.
A linguagem do romance urbano
A linguagem do romance é acessível, porém existe um aspecto que merece a atenção. É frequente o narrador estabelecer um diálogo com um leitor específico, seja ele qual for. Esse diálogo faz com que a história contada ganhe o aspecto de confidência trocada entre leitor e personagem.
Um recurso muito usado é o uso de elementos reais, que correspondem a realidade do leitor, como lugares físicos conhecidos, e que de certa forma o liga ao texto.
O amor segundo Joaquim Manuel Macedo
Joaquim Manuel Macedo conquistou um enorme publico que foi cativado por diversos aspectos, entre eles a enorme quantidade