Roedores
Estes mamíferos possuem dois pares de dentes incisivos (dentes da frente) bem desenvolvidos. Um par situa-se no maxilar superior e o outro no maxilar inferior. Estes pares de dentes crescem continuamente, pois são desgastados à medida que o animal vai roendo as cascas dos ramos das plantas. Os roedores não possuem dentes caninos (presas), mas têm molares para a trituração do alimento.
Os roedores encontram-se distribuídos por todo o mundo, exceto na Antártida e inicialmente na Austrália (onde algumas espécies, tais como o rato e o camundongo doméstico foram posteriormente introduzidas pelo homem), e apresentam os mais diversos hábitos e tipos de locomoção. São animais geralmente noturnos, e podem habitar os mais variados locais, como tocas sob o solo, troncos de árvores, casas de humanos e ambientes aquáticos.
Algumas espécies, geralmente as que vivem em desertos, são solitárias, porém muitas são altamente sociais, apresentando inclusive divisão de tarefas, como cuidados com a prole e construção das tocas. Todos os roedores são plantígrados, embora alguns possam se apoiar sobre os dedos, e não apresentam pêlos nas plantas dos pés. Seus membros geralmente são curtos, mas podem ser adaptados para saltar, cavar, e também para funcionar como mãos.
Estes animais servem de alimento para muitas aves, répteis e mamíferos carnívoros.
Classificação:
Ciuromorfos: reúne todas as espécies com apenas um par de incisivos superiores, orelhas pequenas, cauda com pêlos longos, em tufo, e lábio superior fendido; estes roedores são bem representados na fauna brasileira, compreendendo vários gêneros, nos quais se incluem os caxinguelês, serelepes, quatipurus e esquilos.
Myomorpha: contém 1137 espécies de roedores, quase um quarto de todas as espécies de mamíferos. Incluem os ratos, camundongos, gerbilos, hamsters, lemingues e voles. Eles estão agrupados de acordo com a estrutura da mandíbula e dos dentes molares. Roedores miomorfos são cosmopolitas