Rodízio dos auditores Notas explicativas
2. Rodízio dos Auditores. Obrigar uma empresa a mudar de auditor periodicamente foi uma inovação que surgiu não faz muito tempo, alardeando maior rigor nos serviços, sob o pretexto de que tal fato protegeria a terceiros. A adoção do processo referido e que foi denominado “rodízio de auditores” é, entretanto, uma prática questionável. É princípio de Lógica que: uma coisa não pode: “ser” e “deixar de ser” ao mesmo tempo. Se o argumento em favor do “rodízio” é apresentado no sentido de evocar a “intimidade” do auditor com o cliente, esta que poderia ensejar a abertura para a fraude, consagrada fica a “desconfiança”. Se o argumento em favor do rodízio é apresentado no sentido de evocar a perda de qualidade do trabalho, consagrada fica a “incompetência”. Como a “auditoria” é uma tarefa que exige “confiança e competência” não se pode admitir que tais coisas se concedam e se neguem ao mesmo tempo a um profissional. Não podemos negar que os grandes escândalos havidos nos mercados de capitais, de diversos países, tenham atingido quer a confiança, quer o conceito de competência contábil, nesta inserida a Ética. Há décadas ocorrem eventos graves envolvendo as empresas maiores de auditoria e os seus clientes, prejudicando muitos milhares de pessoas no mercado de capitais, segundo denuncias procedentes de textos de grandes intelectuais da própria Contabilidade (como o professor Abrahan Briloff, da Universidade de New York), assim como do governo norte-americano (Senado).
Na segunda metade da década de 70 a Comissão Parlamentar de Inquérito, instaurada pelo Senado dos Estados Unidos já havia denunciado a má qualidade da informação contábil usada naquele País e acusado de incompetentes ou fraudadores os profissionais envolvidos.
Acusou também o envolvimento de entidades de classe que expediam normas e procedimentos de trabalho e que eram dominadas pelas