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VISÃO GERAL
Por Roberto Neto
O estado absortivo é o período de duas a quatro horas após uma refeição normal. Durante esse intervalo, ocorre um aumento plasmático transitório de glicose, aminoácidos e triacilgliceróis (TAG). A absorção desses nutrientes depende da disponibilidade de substratos, de modificações alostéricas de enzimas, de modificações covalentes em enzimas e de modificações na síntese de enzimas. Os principais órgãos em que ocorre o metabolismo absortivo são o fígado, tecido adiposo, músculo esquelético e cérebro.
Com relação ao metabolismo de carboidratos da fase pós-prandial, que se sucede às refeições, ocorre o consumo de glicose devido ao aumento na fosforilação desta pela glicoquinase/hexoquiase, aumento na síntese de glicogênio, aumento da via das pentoses, glicemia geral aumentada, e redução da gliconeogênese.
No estado absortivo as gorduras hepáticas estão com a síntese de seus ácidos graxos aumentada, assim como a de triacilglicerol. Em humanos, a síntese de ácidos graxos é relevante apenas no período absortivo.
O metabolismo de aminoácidos na fase pós-prandial e absortiva envolve uma degradação aumentada, à exceção de aminoácidos de cadeia ramificada, que são utilizados pelo metabolismo muscular.
No tecido adiposo, ocorre um influxo de glicose aos adipócitos, e aumento da glicólise, com consequente disponibilidade de glicerol-3-P para a síntese de triacilgliceróis. Também ocorre aumento da via das pentoses, produzindo NADPH para a síntese daqueles. A síntese de novo de ácidos graxos, imperceptível em humanos, aumenta, concomitantemente com a de lipoproteínas, em especial os quilomicra, e a atividade da lipase lipoprotéica.
Contrariamente, os teores da lipase sensível a hormônio diminuem. No músculo esquelético no estado absortivo, há um metabolismo de carboidratos voltado para o transporte aumentado de glicose (no estado pós-absortivo, são utilizados ácidos graxos e corpos cetônicos como combustíveis),