Roberto Burle Marx
ROBERTO BURLE MARX
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A história do paisagismo brasileiro, a partir de 1930, está ligada à obra mundialmente famosa de Roberto Burle Marx. É um dos brasileiros mais consagrados no exterior em todos os tempos.
Nascido em São Paulo em 1909, Roberto Burle Marx muda-se ainda menino para o Rio de Janeiro. Aos 19 anos, viaja para a Alemanha para se aperfeiçoar como desenhista.
E é lá que, casualmente, descobre a beleza das plantas tropicais, numa visita ao Jardim Botânico de Dahlen. De volta ao
Brasil, Burle Marx começa a cultivar, colecionar e classificar plantas num jardim na encosta do morro, atrás de sua casa.
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“....se você conhece o vocabulário você pode usá-lo de um modo muito melhor. Usando as plantas brasileiras eu acentuo as características que temos aqui.“ [RBM, Revista Municipal de
Engenharia (Janeiro-Março / 1949)]
Seu primeiro trabalho como paisagista é feito a pedido do arquiteto e amigo Lúcio Costa, no início dos anos 30. Burle Marx projeta um jardim revolucionário, usando plantas tropicais e a estética da pintura abstrata.
Foto: Gentileza Acervo Marcos Arcoverde
O começo é difícil. Os jardins brasileiros obedecem ao modelo europeu: predominam azaléias, camélias, magnólias e nogueiras. A elite conservadora da época estranha o estilo abstrato e tropical de Burle Marx. Mas a renovação nas artes e na arquitetura é uma tendência mundial e irresistível nos anos 30. Burle
Marx torna-se adepto da escola alemã Bauhaus, com seu estilo humanista e integrador de todas as artes.
No Brasil, um grupo de jovens arquitetos, profundamente influenciados pela corrente francesa liderada por Le Corbusier, revoluciona a arquitetura. Entre eles, Oscar Niemayer e Lúcio Costa.
A moderna arquitetura brasileira usa novos materiais. Aço, vidro e concreto pedem um paisagismo renovador. A