Trabalho Leitura projetual do Jardim de Roberto Burle Marx
CONCEITO DA OBRA PAISAGÍSTICA.
Não há como detalhar todos os meios postos em ação para criar a impressão, sempre instável, de que o visitante, ao mesmo tempo em que está na natureza também está dentro de uma obra de arte.
A forma mais radical que essa vontade de marcar o jardim como artifício pode assumir talvez se ache realizada no jardim concebido em 1954 para a casa de Edmundo Cavanellas. A vontade do paisagista de travar um diálogo com a arquitetura é evidente. Burle Marx intervém junto de uma grande construção das linhas flexíveis mais extremamente estritas e seu jardim vai corresponder as duas características do edifício: as linhas sinuosas dominarão na parte do jardim que se abre para o poente, ao passo que a mais estrita geometria dominará a parte orientada para o levante.
Partido adotado.
Do lado leste estende-se um gramado plantado em xadrez. Um quadrado foi semeado com Grama Santo Agostinho (Stenotaphrum Secundatum) e o seguinte com uma variante da mesma espécie mas de cor diferente (Stenotaphrum Secundatum Variegatum), de uma forma que a impressão de artifício aqui atinge o maxímo. Impressão, aliás, reforçada pela presença de duas faixas de quadrados de cores igualmente contrastantes, mas plantadas com uma variedade de herbáceas de mais altura, o que ressalta a pregnância do procedimento criando um desnível.
O jardim.
O jardim é separado pela casa, subdividindo-se em:
Jardim leste e jardim oeste.
Jardim oeste.
Canteiros sinuosos, com traçado flexível a topografia. Um desenho orgânico que se integra ao entorno, agregado por montanhas e um lago dando equilíbrio e harmonia.
As cores utilizadas na vegetação contrasta com a cor do concreto que molda o passeio e com a cobertura da casa.
Jardim Leste.
Nesta