Estudo de Gramsci
Curso de Graduação em Relações Internacionais
Disciplina: Teoria Política Contemporânea Período: 2014/2°
Aluno: André Carreira Amaral 13/0101648 Professor: Pablo Holmes
Referência: GRAMSCI, Antonio. Maquiavel, a Política e o Estado Moderno.
No excerto da obra de Gramsci, "Maquiavel, a Política e o Estado Moderno", se observa uma análise profunda do papel do cientista político e dos homens da política. Nessa análise é possível notar uma forte influência dos pensamentos de Maquiavel, como o próprio título sugere, e de Karl Marx, que é citado recorrentemente inclusive de forma crítica para embasar a teoria de emparelhamento do Estado de Gramsci. O autor abre sua obra discutindo que o principal elemento da Ciência Política é a relação de governantes e governados e que essa relação está subjugada a uma série de fins que vão desde fins práticos e cotidianos até indagações ideológicas mais profundas, que dizem respeito até a própria existência de tais estruturas de poder. Isso fica evidente quando Gramsci indaga "Ao formar-se o dirigente, é fundamental a premissa: pretende-se criar as condições que existam sempre governados e governantes, ou pretende-se criar as condições em que a necessidade dessa divisão desapareça?" .1 Dessa forma, o autor começa a indagar de que forma deve ser encarada a práxis política. Da forma Savoranola, realista, entendendo a política como jogo do "ser". de medidas palpáveis, no "âmbito da realidade fatual", "do tamanho de seu nariz"2 como coloca Gramsci, ou da forma Maquiavélica, onde a práxis deve servir a um fim maior, a um "dever ser". Sua resposta é que essa oposição é inexistente, o "ser" da realidade atual está intrínsicamente ligado a um "dever ser" pré-estabelecido por quem detem o poder e é alvo de disputa no ambiente político. Então o político, ou o homem de estado, não é visto como um mero burocrata, mas sim, como um homem com "poder de criação3" e cujo trabalho e configurar novas relações de