Robert venturi
Fig. 06 – Robert Venturi.
Embora Venturi tenha projetado muitos edifícios, suas teorias, expressas em seu livro Complexidade e Contradição em Arquitetura (1966), causaram maior repercussão. Primeiro porque subverteu o famoso lema de Mies Van der Rohe “o menos é o mais”, afirmando que “o menos é uma chatice”, se opondo ao tédio e à repetição imprudente. De qualquer maneira não condena ao lixo o modernismo, elogiando Alvar Aalto e Le Corbusier. Analisa a Villa Savoye, por exemplo, como simples no exterior, mas complexa no interior, conforme descreve Lupfer. (LUPFER et al, 2003, p. 790).
A base do seu pensamento é a reavaliação da arquitetura para forçar a importância de significados múltiplos inerentes à análise de cada projeto. Acredita no valor simbólico dos signos, afirmando que “não é a arquitetura que domina o espaço, mas o signo, a forma escultural, a silhueta e os efeitos de luz”. (LUPFER et al, 2003, p. 792).
Observa-se, portanto, o quanto a sua postura crítica questionava a filosofia do modernismo, que rejeitava qualquer ornamento que não tivesse função racional. Neste ponto, há uma aproximação com as teorias de Rossi, pois ambos manifestaram uma contestação ao funcionalismo em sua forma comercializada, vulgarizada nos anos 60, a partir de uma argumentação histórica extremamente fundamentada.
Venturi definiu em seu livro que as edificações aprenderam a ser contextuais, referindo-se à necessidade de implantar um edifício conforme as características culturais e históricas do lugar. Em oposição a muitos modernistas, Venturi postula que a arquitetura