Robert Venturi
Arquiteto norte-americano vencedor do Prêmio Pritzker de 1991.
Filadélfia, 25 de junho de 1925
Formou-se em Princeton em 1947.
Trabalhou com Eero Saarinen e Louis Kahn antes de formar sua própria firma com John Rauch.
Lecionou na University of Pennsylvania, onde conheceu sua esposa Denise Scott Brown, que se tornou parceira da firma em 1967.
Em 1989, Rauch deixou a firma, que então passou a se chamar Venturi, Scott Brown and Associates.
Venturi foi um crítico ferrenho da arquitetura moderna, publicando seu manifesto Complexidade e Contradição na Arquitetura em 1966, tido como uma das bases das transformações que ocorreriam na arquitetura nas décadas de 1970 e 1980.
“Este livro é rigorosamente pluralista e fenomenológico em seu método. É provavelmente o mais importante sobre criação e produção de arquitetura desde o Vers une Architecture, de Le Corbusier, de 1923. Venturi faz-nos ver o passado sob novos ângulos, retomando um diálogo fundamental iniciado nos anos 20 e desse modo nos liga, uma vez mais, à geração heróica da arquitetura moderna.”
Em Complexidade e Contradição na Arquitetura, Venturi defende uma arquitetura complexa e contraditória. Considera que a cultura contemporânea já aceitou a contradição como condição existencial e em todos os setores manifesta-se a impossibilidade de alcançar uma síntese totalizante e completa da realidade. Até mesmo a matemática parece ter perdido os próprios fundamentos racionais - como se observa no Teorema da incompletude de Gödel, segundo o qual todo sistema axiomático suficientemente completo é incoerente no seu interior, apresentando proposições "indecidíveis" quanto a sua verdade ou falsidade. Embora crítico em relação ao movimento modernista, o texto se coloca em uma condição de complementaridade e diálogo com os mestres.
Ainda que rejeitando o less is more - frase do poeta Robert Browning, adotada por Ludwig Mies van der Rohe - Venturi vai em busca de elementos complexos e