Robert Venturi
Os três projetos analisados são obras pertencentes ao período pós modernista, que apresentam complexidade e pretendem criar uma confusão de formas, incluindo fachadas bem ornamentadas e que despertam a curiosidade e riqueza ao observador. Pretendem romper um paradigma modernista de construção de casas simples, feitas para atender um público em crescente expansão. Venturi expressa sua oposição ao modernismo através de seu cunho: “Menos é uma chatice” e constrói casas inovadoras, com formas confusas e curiosas, utilizando a arquitetura vernacular, fundindo a casa com o meio ambiente que a rodeia, como é o caso da Tucker House construída em madeira, rodeada por troncos de árvores. Seu projeto mais conceituado e maior objeto de estudo, a “Vanna Venturi House” é talvez o projeto que de melhor forma exemplifica sua teoria apresentada em sua publicação:” Complexidade e contradição em Arquitetura”, suas ideias expressadas no capitulo: “O fenômeno de "tanto...como" em arquitetura” mostram o ponto de vista do arquiteto em algo que opõe uma das principais ideias do modernismo, de que um projeto deveria seguir apenas uma linha de raciocínio em sua concepção e forma, o fenômeno de
“tanto...como” é exatamente o que diz, elementos diferentes presentes no mesmo espaço, compondo formas diferentes, porém harmônicas, e é o que pode ser visto na Vanna
Venturi House em sua fachada, cheia de elementos, tanto retangulares, como quadrados e também dois arcos ao centro, na forma das águas do telhado (algo impraticável na arquitetura moderna, que tinha como principal diretriz o terraço jardim), na fachada posterior que nos apresenta outra forma, mas sem perder integração com a fachada principal. A
Vanna Venturi em si, assim como o capítulo, nos apresenta simetria, contradição e ritmo mostrando que o pós modernismo de Venturi tem acentuadas rupturas com seu movimento anterior com composições mais complexas e menos simplificadas.