Rituais do Indios Pataxos
Assim como os rituais de canto e dança (o Awê é o mais famoso), a pintura e a medicina baseada em plantas (raízes, cipós, folhas, sementes, casca de madeiras, resinas etc), a preservação da língua é um dos trabalhos que Nitynawã executa ao lado das irmãs Jandaya e Nayara dentro da escola bilíngue montada na Reserva da Jaqueira. No mesmo ano em que a Reserva da Jaqueira foi fundada, em 1998, a Terra Indígena Coroa Vermelha, localizada ao sul do Estado da Bahia, foi homologada. Ela compreende uma área de 1493 hectares nos municípios de Santa Cruz de Cabrália e Porto Seguro e é reservada ao usufruto de cerca de uma população pataxó. Nessa mesma área, o turismo também virou alternativa para a economia do povo, que já tinha a pesca, o artesanato e o manejo de piaçava como atividades:
“Para conseguir viver e conseguir preservar a mata e os povos, precisamos abrir para os de fora e fazermos turismo desde 2000. A agricultura é mais para consumo, e faz tempo que não matamos animais. Hoje, temos aqui onça-pintada, jaguatirica. Trabalhamos essa consciência porque senão daqui a pouco não teríamos mais animais.”
A cultura pataxó (retirada do site da Prefeitura Municipal de Porto Seguro):
Canto e dança: O Awê significa o amor, a união e a espiritualidade com a natureza. A dança e o canto são instrumentos de comunhão entre os pataxós e a natureza. Através do canto e da dança, o povo adquire energias da terra, do ar, da água, do fogo e de todas as energias positivas que formam a natureza.
Pintura: A pintura corporal é um bem cultural de grande valor. Representa parte da história do povo, sentimentos do cotidiano e os bens sagrados. A pintura corporal é usada em festas tradicionais na aldeia como em ritos de casamento, nascimento, comemorações, dança, luta, sedução, luto, proteção. Há pintura para rosto, braço, costas e pernas. As pinturas são específicas para homens e mulheres casados e solteiros. As pinturas têm diversidade de tamanho e significados.