Rio Ipojuca
O Rio Ipojuca vem de longe. Nasce na Serra das Porteiras, numa altitude de 876 metros, entre as localidades de Pedreiras e Lagoa, lá para as bandas do município de Pesqueira. E depois de percorrer uns 500 km, acaba cruzando o nosso Município, desembocando no Oceano Atlântico, na antiga Barra de Suape. Hoje, com o porto e as industrias ali situadas, a sua foz se deslocou para a praia da Camboa, onde há o encontro de outros rios que entrecortam os melhores trechos de mangue de nosso litoral.
Nesse percurso, o Ipojuca banha vários municípios, entre estes, se destacam Belo Jardim, São Caetano, Caruaru, Bezerros e Gravatá e Vitória de Santo Antão. Na sua trajetória, em maior porção na região do Agreste, o Ipojuca é um rio de regime temporário, tornando-se perene apenas na Zona da Mata onde se encontra cerca de 1/6 de seu curso, onde ele é a maior quantidade de poluentes, como decorrência dos dejetos causados pela atividade agroindustrial (usinas, destilarias e canaviais), que margeiam o final de sua bacia, razão pela ele é considerado um dos rios mais poluídos do Brasil.
O Rio Ipojuca, ao passar por nossa terra, recebe um grande número de afluentes, como os riachos Canenga, Pindoba, Bita, Taquari, Penderama e Tabatinga, Tatuoca e Merepe, com estes últimos formando um amplo estuário afogado, além de formar belíssimas cachoeiras, como as dos Engenhos Saco, Maranhão e Crauassu, que ao lado das cachoeiras e bicas que cruzam o distrito de Camela, em muito contribui para o nosso potencial turístico, afora o existente na orla marítima, que só é mais conhecida no trecho que vai de Muro Alto a Serrambi.
Mas, infelizmente, como se disse, o nosso rio não é preservado. Onde ontem era peixe para matar a fome do caboclo, hoje é poluição. Isso porque nele se joga quase tudo que danifica as suas águas. Como o Município ainda não possui uma rede coletora de esgoto, os resíduos das casas, das indústrias, dos hospitais, dos