rio branco
No fim da década de 1950, o governo do então Território Federal tentava estancar a partida de trabalhadores com o fim da Era da Borracha e o retorno à crise do extrativismo. Para tanto, em diversas colônias agrícolas foi instalada uma infraestrutura mínima para dar suporte aos colonos e suas famílias, tais como escolas, núcleos mecanizados para beneficiamento da produção e postos de saúde.
Praça Rodrigues Alves, atual Praça da Revolução, ao lado direito, o Grupo Escolar Presidente Dutra e ao fundo o Palácio Rio Branco, a foto é da década de 1940 (Foto: Patrimônio Histórico)
De acordo com o historiador Marcos Vinícius, além da construção dos prédios públicos, somavam-se na época a implantação de infraestrutura voltada para a produção, como a Cerâmica Oficial, que produzia telhas, tijolos e pisos para a construção civil, a Estação Experimental, que produzia mudas e repassava técnicas de cultivo, e o Aviário, que produzia e distribuía aves, suínos e até abelhas para os colonos.
As invasões de grandes áreas na capital acreana tiveram início quando milhares de famílias deixaram a zona rural e começaram o fluxo migratório do campo, promovendo uma verdadeira explosão nas cidades acreanas, em especial em Rio Branco, dando origem a novos bairros populares sem qualquer infraestrutura de água, saneamento, luz ou acesso.
Em muitas vezes as invasões eram feitas em locais alagáveis ou impróprios, como nas ocupações realizadas no Segundo Distrito (Cidade Nova, Taquari, Santa Terezinha...). “Mesmo as políticas de habitação popular implementadas nos anos 1970 a 1990 parecem não ter resultado em benefícios concretos para os segmentos sociais que não possuíam profissões definidas nem renda assegurada”, salienta o historiador.
Vinícius aponta o princípio do reordenamento urbano a partir de 1999, quando foram iniciadas diversas intervenções na área urbana de Rio Branco, especialmente nas vias estruturantes, que modificaram e melhoraram os fluxos