Rinite atrófica em suinos
A transmissão da doença ocorre por contato, de suíno para suíno ou através de aerossóis, por via aerógena. Matrizes, cronicamente infectadas, transmitem a doença às suas leitegadas, por contato nasal, durante o período de amamentação. Os leitões infectados se constituem em fonte ativa de infecção para outros suínos susceptíveis e disseminam a infecção nos reagrupamentos realizados no desmame e no início do crescimento. Os leitões infectados, nas primeiras semanas de vida, desenvolvem lesões severas e tornam-se disseminadores da infecção. Outros possíveis transmissores da RA são gatos, ratos e coelhos.
Sintomas da doenca e causadores
Embora a RA seja considerada uma doença multifatorial, a Bordetella bronchiseptica, a Pasteurella multocida tipo D e, mais raramente, a tipo A, produtoras de toxina dermonecróticas, são incriminadas como agentes primários. Existem autores que afirmam que a B. bronchiseptica causa apenas RA regressiva, enquanto que a P. multocida provoca RA progressiva. No entanto, não há dúvida que existe um sinergismo entre essas duas bactérias, já que a P. multocida agrava as lesões em suínos previamente infectados com a B. bronchiseptica. Essas bactérias aderem fortemente às células da mucosa nasal, multiplicam-se e produzem a toxina capaz de causar perda parcial dos ossos das conchas nasais, ocorrendo duas a três semanas após a infecção.
Os primeiros sintomas são observados em leitões lactantes. Inicialmente ocorrem espirros, corrimento nasal mucoso e formação de placas escuras nos ângulos internos dos olhos (devido à obstrução do canal lacrimal). Posteriormente, há desvio do focinho para um dos lados e/ou encurtamento do mesmo, com formação de pregas na pele que o recobre e, nos casos mais graves, ocorre sangramento nasal intermitente, associado aos acessos de espirros. Essa fase, geralmente, é observada em fim de recria e na terminação. Os leitões afetados tendem a apresentar retardo na taxa de crescimento (em média de 5-10%),