Ricardo Reis

Ricardo Reis

Neste trabalho iremos centrar-nos em Ricardo Reis.
Nós iremos fazer:
Descrição de uma imagem do heterónimo;
Comentário de um texto de António Apolinário Lourenço;
Referência ao paganismo;
Alusão aos deuses e entidades mitológicas.

Descrição: Nesta imagem temos à direita representado Fernando Pessoa e à esquerda Ricardo Reis. Apesar de Reis ser médico, este é que está a ser auscultado pelo ortónimo, que significa que lhe estão a ser analisadas as emoções. Pessoa é distinguido pelos óculos e o seu bigode. Já o heterónimo surge caracterizado através de símbolos da cultura clássica greco-latina: a lira e a coroa de louros.

Comentário: Como mencionado no texto de António Apolinário Lourenço, Ricardo Reis não é um oposto ao heterónimo. Ele representa um lado mais conservador e cultural de Pessoa. O autor diz que Reis apresenta-se como o discípulo mais consequente de Caeiro, pois adquiriu a lição do paganismo espontâneo dele. Ricardo Reis é extremamente intelectual e baseia a sua poesia em modelos greco-romanos, sobretudo nas odes horacianas. Os principais temas da sua poesia são o carpe diem (caminho da felicidade, alcançada pela indiferença à perturbação), a aurea mediocritas (a felicidade possível no sossego do campo) e o Fado. Reis diz-se “pagão da decadência”. O termo pagão foi criado pela igreja para falar dos romanos que ainda permaneciam fiéis à antiga religião e estes romanos eram do campo, daí receberem o nome de pagãos, pois esta palavra significa “habitante do campo”. O heterónimo diz-se em decadência devido à sua conciliação do estoicismo com o epicurismo.
O epicurismo é a procura da felicidade relativa, a moderação dos prazeres, fuga à dor, tranquilidade capaz de evitar a perturbação (ataraxia), carpe diem e o prazer do momento
O estoicismo considera ser possível encontrar a felicidade desde que se viva em conformidade com as leis do destino que dirigem o mundo, permanecendo indiferente aos males e às paixões, que são