Reza de Candomblé
Pelos amigos que fiz
E continuo fazendo.
Obrigado, Oxalá,
Pelas bênçãos de Ogum,
Pela proteção de Iemanjá, pelo amor de Oxum.
Obrigado, Oxalá,
Pela força de Iansã,
Pela retidão de Xangô,
Pelo colo de Nanã.
Obrigado, Oxalá,
Pelo equilíbrio de Oxosse,
Pelas curas de Omulu, pelas cores de Oxumarê.
Obrigado, Oxalá,
Pelas folhas de Ossãe,
Pelas Crianças que enchem de alegria nossos Terreiros,
Pela amizade dos Boiadeiros.
Obrigado, Oxalá,
Pela humildade dos Pretos - Velhos,
Pelas Almas Santas e Benditas,
Pela cumplicidade de Exu e Pomba Gira.
Obrigado, Oxalá, por fazer de mim um instrumento de trabalho.
Lendas e Mitos de Oxaguiã:
Um dos mitos diz que Oxaguiã nasceu apenas de Obatalá. Não teve mãe. Nasceu dentro de uma concha de caramujo. E quando nasceu, não tinha cabeça, por isso perambulava pelo mundo, sem sentido. Um dia encontrou Ori numa estrada e este lhe deu uma cabeça feita de inhame pilado, branca. Apesar de feliz com sua cabeça, ela esquentava muito, e quando esquentava Oxaguiã criava mais conflitos. E sofria muito. Foi quando um dia encontrou Iku (a morte), que lhe ofereceu uma cabeça fria. Apesar do medo que sentia, o calor era insuportável, e ele acabou aceitando a cabeça preta que a morte lhe deu. Mas essa cabeça era dolorida e fria demais. Oxaguiã ficou triste, porque a morte, com sua frieza, estava o tempo todo acompanhando o orixá. Foi então que Ogum apareceu e deu sua espada para Oxaguiã, que espantou Iku. Ogum também tentou arrancar a cabeça preta de cima da cabeça de inhame, mas tanto apertou que as duas se fundiram e Oxaguiã ficou com a cabeça azul, agora equilibrada e sem problemas.
A partir deste dia ele e Ogum andam juntos transformando o mundo. Oxaguiã depositando o conflito de idéias e valores que mudam o mundo e Ogum fornecendo os meios para a transformação, seja a tecnologia ou a