Revoluções burguesas
Christopher Hill (O século das revoluções: 1603 - 1714
- Característica fundamental: Mudanças na estrutura e nos objetivos do Estado que passam a incorporar objetivos e formas políticas relacionadas à burguesia.
- Principais motivos: 1. Incapacidade das monarquias absolutistas de continuar financiando o Estado através de seus próprios recursos e, por esse motivo, buscando seus interesses de modo exclusivo. 2. Progressivo “aburguesamento” de parte da nobreza dirigente que passa a identificar seus objetivos com os objetivos da burguesia em ascensão. 3. Aumento da complexidade das ações do Estado Absolutista que obriga mais reordenamento do poder dentro da estrutura do Estado. 4. Centralidade dos instrumentos políticos que, necessariamente, precisam operar de modo representativo.
- Consequências: 1. Poder compartilhado entre nobreza e burguesia com progressiva predominância burguesa 2. O Estado passa a perseguir objetivos cada vez mais burgueses sob um formato cada vez mais burguês de sociedade e Estado.
- Parlamento: originou-se na Europa dos mecanismos representativos, fruto da síntese romano- germânica cristã. Essa síntese envolve o poder hierarquizado sem respostas sociais aos que estão submetidos ao poder, mas é organizado na forma legal, a ilustração disso é o senado romano. Há uma tradição com um fórum com regras estabelecidas. A ideia de co-participação social começa com os germanos (participação do financiamento da guerra, e outros...). Surge uma tendência a busca de normatização deste processo, criando uma instituição, um direito explícito. A última tensão é o elemento cristão, que é a visão mais igualitária de mundo que existe. Isso sai de questões teológicas (depende de nós mesmos salvar nossas almas). O cristianismo iguala as pessoas no plano espiritual, mas não no material. Há uma sociedade com uma tensão que não é igualitária. O cristianismo faz essa tensão procurando